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18 de set. de 2019

E o tempo?!


Desde pequenos somos ensinados a nós nós relacionar com o tempo, a acalmar nossos corações sobre a quantidade que ainda temos ou a eminência de não tê-lo mais, assim nosso espírito pequeno e habilidoso observa e aprende que nada é definitivo, a incapacidade da constância que seduz na infância desespera na adolescência, faz tudo ser consumido rápido e sem fortes apegos, se somos nessa fase reféns das mudanças sejam na personalidade ou biológicas ainda tememos o tempo como cruel chave que destranca infinitas possibilidades do ser ou não ser.
Assim somos empurrados para a vida adulta de medos e incertezas, daquelas que acelera o coração, sabe... Antes de subir em um brinquedo radical ou de se apresentar para uma linda moça que tanto lhe interessa, essa emoção se perde com o tempo, somos envolvidos em uma rotina adulta de ser limitado por capacidades e necessidades de se provar, perdendo a habilidade de acompanhar o tempo, dias viram segundos e anos viram horas, filhos, casa, carro, dinheiro, política, religião, futebol, tudo vai se engavetando na frente da nossa noção de tempo, assim deixamos de lado aqueles segundos de janela aberta para acompanhar o sol nascer, paramos de temer o passar do tempo, esquecemos de nossa finitude por algumas décadas.
Quando a velhice bate a sua porta, algumas coisas que lhe aflingiam antes parecem agora sem importância, sabe aquelas "caraminholas", bem isso já não importa mais mesmo, "nem sei por que pensava nisso", o espírito desacompanha o corpo e se reconecta com aquela capacidade jovem de se admirar com o novo ainda que o tempo não seja mais o mesmo é no fim que voltamos ao começo e entendemos uma coisa que perdemos no caminho, o tempo não e inimigo, não e cruel ou frio, esse tempo e a mola que tá impulsiona, mas que te mantém ao mesmo tempo preso ao sentimento de finitude que tanto acentua o se alegrar com as coisas, uma comida que só e maravilhosa por que sabemos que ela acabará, um abraço que e tão bom quanto o tempo que ele dura, para que  pudessemos valoriza-lo assim e a vida, seja boa e maravilhosa no hoje, pois o tempo que se vai não volta, o tempo sempre tem um fim, nas coisas boas ou ruins, seja então o melhor que pode ser e o tempo?! Bem... Esse está por aí, aproveitae vai viver...