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5 de jul. de 2011

“Que ele me beije” - Cântico dos Cânticos de Salomão



ela
Que ele me beije com os beijos de sua boca! São melhores que o vinho teus amores,
como a fragrância dos teus refinados perfumes. Como perfume derramado é o teu nome,
por isso as adolescentes enamoram-se de ti.
Leva-me atrás de ti. Corramos! Que o rei me introduza nos seus aposentos: exultemos e
alegremos-nos contigo, celebrando teus amores, melhores que o vinho.Com razão elas te
amam.
Sou morena, sou formosa, mulheres de Jerusalém, como as tendas de Cedar, como os
tapetes de Salmá.
Não me olheis com desdém, por eu ser morena, pois foi o sol que mudou minha cor. Meus
irmãos irritaram-se comigo e me puseram de guardiã das vinhas, mas a minha própria vinha
não guardei.
Mostra-me, ó amor de minha alma, onde pastoreias, onde repousas ao meio-dia, para que eu
não comece a vaguear atrás dos rebanhos de teus companheiros.
Coro
Se não sabes, ó mais bela entre as mulheres, vai seguindo as pegadas dos rebanhos, e
apascenta os teus cabritos junto às tendas dos pastores.
Ele
A uma potranca das carruagens do Faraó eu te comparo, ó minha amada.
São belas as tuas faces entre os brincos e teu pescoço, rodeado de colares.
Faremos para ti brincos de ouro com filigranas de prata.
Ela

Enquanto o rei estava no seu divã, meu nardo exalou o seu perfume.
Meu amado é para mim como um feixe de mirra que pousa entre meus seios.
Meu amado é para mim como um cacho de alfena das vinhas de Engadi.
ele
Como és bela, minha amada, como és bela, com teus olhos de pomba!
ela
Como és belo, meu amado, como és encantador! Nosso leito está florido,
de cedro são as vigas de nossas casas, de cipreste, o nosso teto.

Eu sou a flor do campo e o lírio dos vales.
ele
Como o lírio entre espinhos, assim é minha amada, entre as moças.
ela
Como a macieira entre as árvores dos bosques, assim é o meu amado, entre os moços.
À sombra de quem eu tanto desejara me sentei, e seu fruto é doce ao meu paladar.
Ele me introduziu na sua adega, e a sua bandeira sobre mim é Amor!
Sustentai-me com bolos de uvas, revigorai-me com maçãs, porque desfaleço de amor.
Sua mão esquerda está sob minha cabeça e sua direita me abraça.
Eu vos conjuro, mulheres de Jerusalém, pelas corças e gazelas do campo, que não desperteis
nem façais acordar a amada, até que ela o queira.

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